A tão sonhada cura das alergias medicamentosas não é tão simples assim, também não é possível para todos os tipos de medicações... Entretanto, quando um certo medicamento é imprescindível para um tratamento, podemos recorrer a um tratamento chamado dessensibilização.
Este procedimento é feito através da administração gradativa de doses crescentes de medicamento, até atingir a dose total indicada para o tratamento, podendo ser por via oral ou parenteral, junto com o alergista e em ambiente hospitalar com todo o material de urgência e emergência.
Lembrem-se que neste caso todo cuidado é pouco, pois estamos usando uma medicação que é comprovadamente a causa de uma alergia, mas que também é a única possibilidade de tratamento neste caso.
Vamos exemplificar:
- Cardiopatas com alergia a aspirina e precisam utilizar o medicamento como preventivo;
- Pacientes com câncer e que apresentam alergia à quimioterapia;
- Pacientes com doenças autoimunes ou neurológicas que tem reação a imunossupressores ou imunobiológicos e só te esta opção de tratamento;
- Gestantes com sífilis não tratadas e alérgicas à penicilina, entre outras.
Portanto, este tipo de tratamento é uma exceção! Na grande maioria das alergias a medicamentos orienta-se a suspensão do medicamento, uso de anti-histamínicos e derivados de cortisona em caso de reação ou exposição acidental e uso de adrenalina em casos de anafilaxia.
Recomenda-se ainda a orientação do paciente e família com relação a possíveis reações cruzadas e uso de identificação da alergia para em documentos e objetos, evitando a exposição acidental.
Se você tem alergia a medicação e ainda não sabe o tratamento ou se existe algum outro que possa causar reação cruzada, não deixe de procurar o seu alergista!
