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Por Dra. Janaina em 28/10/2019
DESSENSIBILIZAÇÃO, VOCÊ SABE O QUE É?

HOJE EM DIA É MUITO COMUM FALAR EM DESSENSIBILIZAÇÃO A DETERMINADOS ALÉRGENOS, MAS POUCA GENTE SABE REALMENTE DO QUE SE TRATA...

Alérgeno – O que é?

Alérgeno, é qualquer coisa que provoque uma reação alérgica a uma pessoa, como por exemplo, poeira, pelos de animais, alimentos, medicações. Quando o paciente desenvolve alguma alergia, o corpo produz uma resposta exagerada com produção de um anticorpo chamado IgE, responsável por grande parte da reação contra o "alérgeno".

A maioria dos anticorpos presentes no organismo são chamados de IgG e desempenham um papel vital para nos proteger contra infecções, são nosso exército de defesa. Os anticorpos IgE são diferentes, pois trabalham contra agentes que geralmente não são infecciosos, mas que causam sintomas de alergias.

As reações alérgicas podem variar desde os distúrbios leves (espirros, coceira, tosse, entre outros), até graves (anafilaxia ou parada cardiopulmonar).

Dessensibilização – O que é?

A dessensibilização é um tratamento que consiste na administração de doses crescentes de um alérgeno com a finalidade de aumentar a “tolerância” para aquele alérgeno. Esta tolerância em alguns casos pode ser transitória, necessitando do uso de pequenas quantidades do alérgeno diariamente para manter a memória imunológica.

Atualmente é o único tratamento que pode modificar a evolução natural da doença alérgica, para tornar uma pessoa menos alérgica ou mais tolerante às substâncias a que são alérgicas.

Hoje o tipo de dessensibilização mais conhecido e com grande eficácia é a imunoterapia alérgeno-específica para inalantes (ácaros, pelos de animais e pólens) e para himenópteros (insetos como formiga, vespas, marimbondo e abelhas).

Entretanto outros tipos de imunoterapia ou dessensibilização tem sido utilizados, como para alimentos e medicamentos.

Em ter Fazendo uma analogia, a dessensibilização com alérgenos muda a forma como o sistema imune reage aos alérgenos, “desligando a alergia”. Dessa forma, tornam-se “imunes” ao alérgeno, podendo tolerá-lo com menos ou nenhum sintoma.

DESSENSIBILIZAÇÃO A MEDICAMENTOS

Dessensibilização a Medicamentos

dessensibilização a drogas é um tratamento que permite através de protocolos específicos fornecer aos pacientes alérgicos uma possibilidade de receber o medicamento sensibilizante com mais segurança.

As reações de hipersensibilidade a drogas podem ocorrer com a maioria dos medicamentos, são imprevisíveis, podem afetar qualquer órgão ou sistema e variam amplamente na gravidade clínica do prurido leve à anafilaxia.

Na maioria dos casos, a orientação médica é evitar a droga suspeita e utilizar uma medicação alternativa. No entanto, em alguns casos, o medicamento ao qual o paciente é alérgico é essencial e não existem alternativas de sucesso para o tratamento da doença. Nestas circunstâncias, a dessensibilização pode ser a única solução.

O processo é realizado pela administração de doses crescentes do medicamento que causa a alergia, via oral ou endovenosa, durante um curto período de tempo (de várias horas a alguns dias) até que a dose terapêutica cumulativa total seja alcançada e tolerada. Este tratamento só pode ser realizado em ambiente hospitalar ou ambulatório com suporte de urgência e emergência. O profissional capacitado a este procedimento é o alergista ou alergologista.

Os protocolos de dessensibilização foram desenvolvidos e são utilizados em pacientes com reações alérgicas a antibióticos (principalmente penicilina), insulinas, sulfonamidas, agentes quimioterápicos, biológicos e muitas outras drogas, quando esta é a única opção.

A dessensibilização induz um estado de tolerância temporária, que só pode ser mantido pela administração contínua da medicação. Assim, para tratamentos como quimioterapia, que têm um intervalo médio de 4 semanas entre os ciclos, o procedimento deve ser repetido para cada novo ciclo.

Para mais informações, consulte o médico alergista/imunologista.

Identificação de Alérgicos a Medicamentos pode Salvar sua Vida

Reações adversas a medicamentos (RAM) são eventos comuns na prática médica. Existem dois tipos de RAM, as previsíveis, que correspondem aos efeitos colaterais já descritos na bula de cada remédio e as não previsíveis, não esperadas e estas são chamadas de Reações de Hipersensibilidade a medicamentos (RHM) e correspondem a 25-30% de todas as reações.

As RHM podem acometer qualquer órgão, mas o mais frequetemente acometido é a pele, sendo comuns lesões de erupção morbiliformes e urticária, as dermatites graves são menos frequentes, como como síndrome de STEVENS-JOHNSON ou
Necrólise Epidérmica Tóxica. Sintomas respiratórios, gastrointestinais e neurológicos também podem acontecer e a soma deles defini uma crise anafilática.

Uma dúvida muito frequente é... Se eu sempre tomei dipirona, como pode ser ela que está causando minha alergia?

Muito bem... A RHM acontece depois de se expor anteriormente uma ou muitas vezes a um medicamento e depois a reação é reprodutível, ou seja, depois toda vez que tomar você poderá ter sintomas semelhantes ou piores!!

É muito importante para quem tem alergia a medicamentos, usar uma identificação visível para o alérgeno. Isso porque, caso a pessoa vá desacordada para alguma emergência hospitalar, por exemplo, a informação estará disponível para os médicos.

Hoje já existem algumas formas de fazer essa identificação:

  • Usar uma corrente no pescoço com uma plaquinha gravada;
  • Pulseiras com a identificação bem clara e visível;
  • Cartão vermelho dentro da carteira, de preferência no local das fotos (junto ao documento de identidade, CNH, etc.);
  • Etiquetas autoadesivas;

Coloque nestes objetos seu nome, nome do responsável e telefone, medicamentos proibidos e se tiver colocar os medicamentos alternativos liberados.

Outra ponto importante é sempre andar com um plano de emergência, caso aconteça algum acidente o que utilizar e quem procurar. Veja com seu alergista as melhores formas de realizar tudo isso.

O fato é que, para quem é a alérgico, essa informação pode ser a grande diferença nos atendimentos de emergência, evitando riscos que podem ser fatais.

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